sexta-feira, 8 de julho de 2016

Guardanapos III

Y así pasan los días:
histórias curtas que haveria que memorizar e não perder
tempo que não vai começar a existir nem parar de passar
luas tão refletoras, tão mutantes
simples questão de ângulos e distâncias
aquele dia de março em que o ar estava tão parado, pressão alta, um azul puro e infinito, os pés tranquilos sobre a areia da praia, o quebrar preguiçoso das ondas, carentes de vento, as gaivotas caminhando pela areia, carentes de vento, as velas quietas. A tola aventura humana suspensa por um momento, parada no ar parado, sob o sol-bênção, o sol-paz.
Ter então tempo para ter tempo, para sujar a bunda de areia e pensar em não pensar.
Seria bom então ter uma necessidade primária daquelas e poder satisfazê-la o mais bestialmente possível, comunhão violenta com a natureza, morte da dualidade e da dialética, fusão com o absurdo, renúncia à razão, conquista da imortalidade de um cavalo. A besta nua de roupa e razão, a besta predadora.

***

Algo que, a lo mejor, las sospechas de Macedonio no hubieran alcanzado:
La pasividad de las focas en el hielo es como la pasividad de los humanos en la barra del bar: un cachetazo y todo que te resta es la noche eterna.

***

Epa-epa-hermano: ¡Usted no me entendió pa'a nada si no me entendió pa'a hermano!

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