domingo, 17 de julho de 2016

A Resposta

Estava hospedado numa pousada-parque bicho-grilo em Punta Rubia. Foi das grandes rateadas que dei na vida: não prestei atenção nas informações do site e aluguei na virada do ano um chalé sem ar condicionado! Num começo de tarde, medi 37ºC na sala! Dormir era brabo, nick-nick era heroísmo...

Mas o que nos leva a este textículo é justamente o problema oposto: ao invés de como esfriar o chalé, como aquecer a água do banho? O aquecedor era um desses de parede normais, só que colocado numa casinha própria, com sua chaminé, atrás do chalé.  E não funcionava, e o guri da pousada ia lá, mexia e nada, a água começava a aquecer e logo esfriava. Um saco.

Um dia eu andava por ali, cozinhando ao sol, e vi um passarinho na volta da chaminé. Eu me criei com esses aquecedores, mais ou menos conheço suas manhas, então me deu um estalo, fui falar com a gerente e lhe disse: acho que tem um ninho de passarinho na chaminé, por isso o aquecedor não fica ligado. Ela levantou a bola: o senhor viu o ninho? E eu tive o imenso prazer de responder-lhe, com um sorriso que eu não teria como disfarçar:

      —   ­Yo no he visto el nido, pero vi el pájaro.

Este texto ficaria melhor se eu parasse na frase acima, mas não resisto: eu estava certo, a chaminé e até a parte de cima do aquecedor estavam entupidas pelo ninho do passarinho, o guri teve de limpar tudo, mas a água continuou uma merda. Fazer o quê?

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