quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Guardanapos IV

Esse foi anotado em um boteco de Vitória, ES:

Sinais de um país maluco em um mundo louco: apareceu um cara de terno e gravata com uma maleta grande no happy hour de um feriado. O Louco logo pensou que ele não podia estar saindo do trabalho, que devia ser um vendedor ou um evangélico da porra. Resultado: era um engraxate! O tempora, o mores!

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Apontado no Larus, Cassino, num inverno qualquer:

Minas de Brim e Minas de Gorra
As de brim me lembram do sertanejo de Euclides da Cunha (que andou por aqui!): desajeitadas ao primeiro olhar, rígidas em suas carapaças de rude algodão, revelam-se mui versáteis para dançar e para agarrar seus "pequenino Y".

As minas de gorra estão um espetáculo à parte esta noite: quem sabe se por uma via indireta: a FEARG de que T tanto falou. Vi uma: um sonho: um Kilimanjaro: um Fuji: beleza com topinho branco! Vi outra: gorra cinza, estrela alva. Aí nego não sabe: Antares, a maldita alfa de Escorpião, ou uma benfazeja, tipo a mítica Estrela do Norte?

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Em 1943, com a guerra roendo o mundo e justamente por causa de uns sucessos dos aliados, Dalí pinta um mundo-ovo rachado que sangra uma gota gorda para que nasça um novo homem, enquanto América e África derretem-se em ouro, mas que é, essencialmente, um quadro de esperança. Quando alguém vai pintar um quadro que seja um retrato desse planeta que não aguenta mais a mínima agressão, que sua sangue por todos os poros?


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